O tema que norteia a edição de estreia do Fliparacatu, “Arte, Literatura e Ancestralidade”, abre um leque de possibilidades para diferentes debates, trocas de ideias e exposições de conhecimentos, além de conversar diretamente com a questão dos povos originários do nosso país. O Festival apresenta uma série de encontros que reúne escritores e escritoras indígenas e artistas envolvidos com as lutas dos povos indígenas para conversar sobre temas que convergem para uma visão mais ampla sobre cultura, natureza, ancestralidade e sustentabilidade, entre outros assuntos. 

Alguns nomes que integram a programação do Festival, como Márcia Kambeba, Trudruá Dorrico, têm trabalhos – e, sobretudo, herança e pertencimento – inerentes às raízes indígenas. Esses encontros valorizam a diversidade cultural, ao visibilizar os saberes e fazeres de povos indígenas, além de abordar os desafios e processos de fortalecimento cultural decorrentes da escolha de registrar seus conhecimentos por meio da escrita alfabética.

A literatura é, cada vez mais, um caminho possível para a expressão de outras formas de ser e estar no mundo, já que permitem que as cosmologias e os pensamentos indígenas circulem de forma ampliada entre diferentes gerações, etnias, regiões e países. A leitura dos trabalhos literários dessas escritoras e escritores revela a diversidade de vozes indígenas que ressoam no Brasil e, sobretudo, a importância delas serem escutadas para aprendermos a coexistir nessa Terra com seus incontáveis seres, humanos e não-humanos.

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Márcia Kambeba é escritora, poeta, compositora, educadora, tem 5 livros publicados de poesia, contos e infantil. De formação, tem mestrado em Geografia e faz doutorado em Estudos Linguísticos/UFPA. Faz parte da Academia Formiguense de Letras, em Minas Gerais, e da Academia Internacional de Literatura Brasileira nos EUA. Também é roteirista e representou o olhar indígena na segunda temporada da série Cidade Invisível, produzida pela Netflix. Junto a Rita Carelli e Murilo, roteirizou o espetáculo musical “Amazônias: ver a Mata que te vê”. Também é atriz, cantora e compositora de música indígena e amazônica. Performa suas composições e recita em sarau suas produções escritas, levando a arte como ato político, democrático e decolonial, além de contribuir com a educação e o humanismo nos espaços dentro e fora das aldeias.

Trudruá Dorrico pertence ao povo Makuxi. Doutora em Teoria da Literatura na PUCRS, é escritora, artista, palestrante e pesquisadora de literatura indígena. Venceu em 1.º lugar o concurso Tamoios/FNLIJ/UKA de Novos Escritores Indígenas em 2019. Administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram. Curadora da I Mostra de Literatura Indígena no Museu do Índio (UFU). Autora da obra “Eu sou Macuxi e outras histórias” (Caos e Letras, 2019). Curadora do FeCCI – I Festival De Cinema Indígena, Brasília (2022). Foi residente no Cité Internationale des Arts, Paris (2023). Atualmente está no pós-doutorado do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação Emergentes e em Consolidação PDPG – Pós-Doutorado Estratégico/UFRR (2023-2024).

O Festival Literário de Paracatu é patrocinado pela Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e com o apoio da Prefeitura Municipal de Paracatu, da Paróquia de Santo Antônio e do Projeto Portinari. Com a curadoria de Tom Farias, Sérgio Abranches e Afonso Borges, acontecerá entre os dias 23 e 27 de agosto de 2023, no Centro Histórico da cidade.

Serviço:

Festival Literário de Paracatu – Fliparacatu

De 23 a 27 de agosto, quarta-feira a domingo

Local: Programação presencial no Centro Histórico de Paracatu e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @‌fliparacatu

Entrada gratuita

Informações para a imprensa:

imprensa@fliparacatu.com.br

Jozane Faleiro  – 31 992046367