Fotos: Chico Cerchiaro/ Divulgação

Muitos dos nomes que integram a programação do Fliparacatu baseiam suas obras na questão da ancestralidade – duas dessas personalidades são as autoras Conceição Evaristo, Autora Homenageada da primeira edição do Festival, e Eliana Alves Cruz. Juntas, elas promoverão a palestra “Ancestralidade e decolonialidade”, que será realizada no dia 25/8, sexta-feira, às 20h, no Centro Pastoral São Benedito, no centro de Paracatu.

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A escolha de Conceição Evaristo enquanto Autora Homenageada perpassa toda sua bibliografia, porém tem como objetivo a comemoração das duas décadas de lançamento de seu primeiro romance, “Ponciá Vicêncio”. A obra acompanha o desenrolar da vida da personagem de mesmo nome, de sua infância até a vida adulta. O livro coloca em evidência a identidade de Ponciá, que estabelece uma dicotomia entre si mesma e a herança deixada por seu avô.

No geral, o acervo de ambas as autoras enaltece a ancestralidade e recupera a genealogia miscigenada do povo brasileiro, que pode ser utilizada como instrumento de concretização para a decolonialidade, na medida em que surge a liberdade de se representar a si mesmo em seus trabalhos, sem contar com o olhar de outrem. Essa procura da narradora traduz o resgate de suas lembranças que também se constituem na preservação das raízes ancestrais, com o intuito de estimular o autoconhecimento, de sacramentar a identidade dos afrodescendentes e afro-brasileiros.

Maria da Conceição Evaristo de Brito, conhecida como Conceição Evaristo, é a Autora Homenageada do Fliparacatu, nascida em Belo Horizonte, em 1946. Ela estreou na literatura em 1990, publicando contos e poemas na série Cadernos Negros.

Vencedora do Prêmio Jabuti, em 2022, com seu livro “A vestida”, a carioca Eliana Alves Cruz é uma das mais destacadas escritoras brasileiras contemporâneas. Sua obra literária, que transita por diferentes gêneros como romance e conto, é marcada por abordar a história e a cultura afro-brasileiras. Eliana faz uso da ficção – muitas vezes embasada em fatos históricos – para falar sobre assuntos como racismo, desigualdade social, discriminação e pobreza. Ela é autora dos livros “Água de barrela” (2016); “O crime do Cais do Valongo” (2018); “Solitária” (2022); e “Nada digo de ti, que em ti não veja” (2020); além de coautora de “Perdidas: histórias para crianças que não têm vez” (2017).

O Festival Literário Internacional de Paracatu é patrocinado pela Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e com o apoio da Prefeitura Municipal de Paracatu, da Paróquia de Santo Antônio e do Projeto Portinari. Com a curadoria de Tom Farias, Sérgio Abranches e Afonso Borges, acontecerá entre os dias 23 e 27 de agosto de 2023, no Centro Histórico da cidade.

Serviço:

Festival Literário de Paracatu – Fliparacatu

De 23 a 27 de agosto, de quarta-feira a domingo

Local: programação presencial no Centro Histórico de Paracatu e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @‌fliparacatu

Entrada gratuita

Informações para a imprensa:

imprensa@fliparacatu.com.br

Jozane Faleiro  – 31 992046367/ Letícia Finamore – 31 982522002