Por Fernanda Martins
Os autores Alessandra Roscoe e Leo Cunha fizeram uma interação animada com crianças da cidade
Durante a tarde de hoje, no 3.º Festival Literário Internacional de Paracatu – Fliparacatu –, o auditório foi preenchido pelo encantamento da meninada das escolas da comunidade de Paracatu, que lotaram a plateia (e cada cantinho) do Teatro Afonso Arinos, às 15h. Os olhos atentos das crianças refletiam a mistura de sentimentos que os autores Alessandra Roscoe e Leo Cunha provocavam a cada estrofe narrada no palco.
A emoção também se revelou na entonação da voz de Leo Cunha, com um “boa tarde” que ecoou por todo o Noroeste de Minas. O autor foi direto ao ponto e, inspirado pelo típico bairrismo mineiro, apresentou a história do livro A poesia se faz num pescar de olhos, que conta com ilustrações de Andrea Ebert. Ele compartilhou o poema “Trem animado” em um sarau coletivo, com a participação animada dos meninos e meninas (assim como os adultos) presentes na Fliparacatu.
A dobradinha dos dois autores, que já escreveram juntos a obra Dedé e os tubarões (ilustrada por Rafael Antón), foi marcada pelo ritmo e pela leveza. Em um formato dinâmico, a cada momento um autor lia um livro e divertia a plateia mirim com obras que evidenciam a qualidade de suas escritas. O alto nível já esperado, até pela vasta experiência dos autores no universo literário. Alessandra já publicou 50 livros, sempre com uma abordagem sensível que abre o portal de uma infância sem idade. Leo, por sua vez, demonstra a mesma sensibilidade no olhar e o nítido amor pela literatura em cada obra. Ao todo, ele já lançou 80 títulos, sendo 30 deles selecionados para programas governamentais.
A apresentação levou 10 livros para o palco principal do teatro e impactou mais de 400 crianças que, ao fim, correram para a frente do palco, mãos estendidas em busca de um sorriso, abraço ou aceno dos novos ídolos que abriram um portal literário na mente (e no coração) dos pequenos estudantes.
Conheça os livros narrados por Leo Cunha
- A poesia se faz num pescar de olhos — ilustrações: Andrea Ebert
- Cantigamente — ilustrações: Nelson Cruz e Marilda Castanha
- É mentira da barata? — ilustrações: Claudia Cascarelli
- Puxa! Puxa! — ilustrações: Weberson Santiago
Conheça os livros narrados por Alessandra Roscoe
- Receitas para bem crescer — ilustrações: Vanessa Prezoto
- Se… — ilustrações: Biry Sarkis
- História pra boi casar — ilustrações: Mariana Zanetti
- Jacaré Bilé — ilustrações: Mariana Zanetti
- Histórias infinitas — ilustrações: Gisele Federizzi
Estações literárias recebem oficinas de Maculelê e Cabaças no 3.º Festival Literário Internacional de Paracatu – Fliparacatu
Em paralelo à apresentação dos autores, Mestre Cacau conduziu a oficina de Maculelê durante o Fliparacatu, às 15h, na Estação Literária 2. Ao som dos tambores e do entrechoque dos bastões, crianças e jovens de diferentes idades mergulharam nessa manifestação de raízes afro-indígenas, que une dança, música e jogo. Mais do que uma vivência lúdica, a atividade apresentou o Maculelê como expressão de resistência cultural, resgatando tradições ancestrais e celebrando a força da coletividade.
Na Estação Literária 1, também às 15h, a oficina Cabaças: Angola Criativa trouxe um mergulho sensorial na arte e na tradição afro-brasileira. Em torno das cabaças, símbolos de fertilidade, resistência e ancestralidade, o público participou de um encontro que exaltou a cultura africana em diálogo com a brasilidade. A atividade apresentou as múltiplas funções desse elemento sagrado — do uso ritual às expressões artísticas — revelando como a herança cultural de Angola se entrelaça à identidade brasileira, fortalecendo vínculos entre passado, presente e futuro.
Serviço
3.º Festival Literário Internacional de Paracatu – Fliparacatu
Data: 27 a 31 de agosto de 2025, quarta-feira a domingo
Local: Centro Histórico de Paracatu (MG) – Entrada gratuita
Mais informações: @fliparacatu – www.fliparacatu.com.br
Informações para a imprensa
imprensa@fliparacatu.com.br
Jozane Faleiro – (31) 99204-6367