A literatura é uma das formas existentes para contar histórias. Seja por meio da ficção ou de fatos reais, ela não é uma mera representação do mundo. A forma como a narrativa é criada reflete realidades – sejam elas fictícias ou inventadas. De qualquer modo, ao escrever um livro, o universo ali retratado, no caso das ficções, assemelha-se a algum tipo de realidade, mesmo que, a partir dessa, seja criada uma distorção do mundo. Diante disso, a complexidade da arte literária vem à tona pela forma com que a ficção é criada e não apenas por sua representação de fatos reais.

Muitos dos universos literários retratam situações críticas, como crimes e mazelas sociais. Enquanto esses pontos possam parecer um mero ambiente ficcional, existente apenas nos livros, eles também podem retratar a triste realidade que vivem muitas pessoas. Levando isso em consideração, os autores Lívia Sant’Anna Vaz e Jeferson Tenório falarão sobre o tema “Literatura e direitos humanos: uma breve reflexão sobre o direito à ficção” para buscar compreender até onde vão os universos inventados e, em contraposição, a realidade. A palestra será realizada no Centro Pastoral São Benedito, no dia 26/8, sábado, às 15h30. O evento é gratuito, mediante retirada de ingresso na Sympla.

Promotora de Justiça no Ministério Público da Bahia, doutora em Ciências Jurídico-Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (2022) e mestra em Direito Público pela Universidade Federal da Bahia (2006), a soteropolitana Lívia Sant’Anna Vaz, de 43 anos, é um dos nomes mais atuantes e combativos na luta pela igualdade racial no País. Autora do livro “Cotas raciais”, entre outras obras, é casada e mãe de duas filhas, Isadora e Iara. Há oito anos como Promotora de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, Defesa das Comunidades Tradicionais e das Cotas Raciais do MP-BA, está entre as 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo e tem sua trajetória jurídica marcada pela atuação em relação a temas como feminicídio, intolerância religiosa, combate ao racismo e ao sexismo e na luta para que as mulheres negras tenham amplo acesso à justiça e aos espaços de poder e decisão.

Jeferson Tenório nasceu no Rio de Janeiro, em 1977. Radicado em Porto Alegre, é doutor em teoria literária pela PUC-RS. Foi colunista do jornal Zero Hora e Uol/Folha de S. Paulo até abril de 2023. Foi professor visitante de literatura na Brown University, EUA. Teve textos adaptados para o teatro e contos traduzidos para o inglês e o espanhol. É autor de “Estela sem Deus” (2018) e “O avesso da pele” (2020), que venceu o prêmio Jabuti e teve seus direitos vendidos para Portugal, Itália, Inglaterra, Canadá, França, México, Eslováquia, Suécia, China, Bélgica e Estados Unidos.

O Festival Literário Internacional de Paracatu é patrocinado pela Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e com o apoio da Prefeitura Municipal de Paracatu, da Paróquia de Santo Antônio e do Projeto Portinari. Com a curadoria de Tom Farias, Sérgio Abranches e Afonso Borges, acontecerá entre os dias 23 e 27 de agosto de 2023, no Centro Histórico da cidade.

Serviço:

Festival Literário de Paracatu – Fliparacatu

De 23 a 27 de agosto, quarta-feira a domingo

Local: programação presencial no Centro Histórico de Paracatu e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @‌fliparacatu

Entrada gratuita

Informações para a imprensa:

imprensa@fliparacatu.com.br

Jozane Faleiro  – 31 992046367/ Letícia Finamore – 31 982522002