
No domingo (31), às 11h, o Teatro Afonso Arinos estava lotado para receber o espetáculo “Tubarão Martelo e os habitantes do fundo do mar”. Entre as mais de 600 crianças presentes, Gustavo Henrique Silva, de 4 anos, chegou cedo com o pai, Artur, e se ajeitou na primeira fileira do auditório. Animado, ele perguntou: “Tia, cadê o tubarão?” Bastou ouvir que a personagem já havia nadado até Paracatu e que logo apareceria para que seus olhos brilhassem e as pernas balançassem em expectativa.
O público mergulhou na aventura quando o capitão Jack “chegou em águas tranquilas” e começou a cantar, embalado pelas palmas da criançada. As sereias Maia e Luna surgiram no palco com uma presença mágica que encheu a plateia de encantamento. Foram elas que ajudaram o capitão a respirar no fundo do mar e a cantar junto com os “peixinhos do fundo do mar”.
Logo apareceu Tatá, a tartaruga marinha de casco amarelo e jeitinho carismático. A personagem lembrou que pode viver até cem anos, mas que precisa da ajuda das pessoas para sobreviver, já que canudinhos e outros resíduos ameaçam a vida marinha. O recado educativo se somou à fofura da cena, especialmente quando um golfinho brincalhão entrou em cena. “Inteligente de verdade”, a personagem mostrou que precisa ir à superfície para respirar e arrancou risadas com sua dancinha.
A plateia foi convidada a chamar, bem alto, o Tubarão Martelo. As vozes ecoaram pelo teatro, mas o Capitão Jack pediu mais: “Papais, mamães e crianças levantaram os braços e se entregaram à dança”. Gustavo, atento, preferiu observar em silêncio a entrada da grande estrela, como se guardasse aquele momento na imaginação antes de sorrir.
Quando o Tubarão Martelo falou, Jack não conteve a surpresa. “Juntos, nós podemos transformar o mundo”, disse a personagem, que também ganhou vida em livro lançado no Fliparacatu. Cláudio Fraga, criador do texto original do livro O Tubarão Martelo e os Habitantes do Fundo do Mar, contou com a colaboração do escritor, Tino Freitas, que fez a adaptação da obra para a literatura.
O espetáculo seguiu com músicas cheias de ritmo, trazendo de volta Tatá, o golfinho e o tubarão martelo para coreografias que fizeram até os adultos se levantarem. Artur, o pai de Gustavo, não resistiu: dançou ao lado do filho em meio à festa de sons e movimentos. No fim, o capitão Jack se emocionou ao agradecer tudo o que tinha aprendido no fundo do mar.
As sereias revelaram o segredo: “Sempre que sentisse saudades, bastava fechar os olhos para reviver a aventura”. Foi nesse clima que a despedida aconteceu. Crianças e adultos se levantaram para cantar juntos, e Gustavo, de blusa amarela, entrou na dança. Com as mãos estendidas, cumprimentou Tatá e pulou sorridente em um mundo mágico criado pela imaginação.
O Festival
Com uma programação diversa, para todos os públicos, no 3.º Fliparacatu houve debates literários, lançamentos de livros, contação de histórias para as crianças, prêmio de redação, apresentações musicais, entre outros. O Festival homenageia os escritores Valter Hugo Mãe e Ana Maria Gonçalves e tem a curadoria de Bianca Santana, Jeferson Tenório e Sérgio Abranches. O 3.º Fliparacatu é patrocinado pela Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e tem apoio da Caixa, da Prefeitura de Paracatu, da Academia de Letras do Noroeste de Minas e parceria de mídia do Amado Mundo.
Informações para a imprensa:
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Jozane Faleiro – 31 992046367