
Hoje saiu no “Estado de Minas” uma nota sobre o Patrono do Fliparacatu, Rodrigo de Melo Franco de Andrade, escrita pelo jornalista Gustavo Werneck. É o início das ações que o Festival vai promover em homenagem ao descendente de Paracatu.
Lembrando sempre que o Fliparacatu só acontece graças ao patrocínio da Kinross, via Lei Rouanet.
Afonso Borges
Estado de Minas – 16/6/25 – Gustavo Werneck
Pioneiro do Iphan será patrono…
O advogado, jornalista e escritor belo-horizontino Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898-1969) será o patrono do 3º Festival Literário de Paracatu (Fliparacatu), a ser realizado de 27 a 31 de agosto. Expoente no setor cultural brasileiro no século 20, ele foi o primeiro presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), à frente do qual ficou por três décadas. Afonso Borges, idealizador e curador do Fliparacatu, destaca as raízes de Rodrigo na cidade do Noroeste mineiro. “A mãe dele, Dália Melo Franco de Andrade, nascida na cidade, era filha de Virgílio Martins de Melo Franco, político e intelectual influente, e de Anna Leopoldina Pinto da Fonseca, pertencente a uma das famílias mais prestigiadas de Minas, com forte presença na política, na literatura e na cultura”. Em 8 de março de 1897, Dália se casou com Rodrigo Bretas de Andrade, advogado, professor de direito criminal e procurador seccional da República. Rodrigo foi o primeiro dos três filhos do casal.
…do Festival Literário de Paracatu
A trajetória de Rodrigo Melo Franco de Andrade no serviço público federal começou em 1936, quando o então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema (1900-1985), por indicação do escritor Mário de Andrade (1893-1945) e do poeta Manuel Bandeira (1886-1968), o convidou para organizar e dirigir o antigo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan). A partir daí, a proteção dos bens patrimoniais do país passou a ser sua atividade principal, ficando em segundo plano a advocacia, a literatura, o jornalismo e a política. A implantação do serviço exigiu o cumprimento de diferentes tarefas, como a redação de uma legislação específica priorizando a introdução do instrumento do tombamento, preparação de técnicos e trabalhos na área, disputas judiciais e busca de uma consciência de preservação em nível nacional.