
Escritores receberam crianças da comunidade escolar de Paracatu no Teatro Afonso Arinos
por Gabriel Pinheiro
Na tarde desta quinta-feira, segundo dia do 3.º Festival Literário Internacional de Paracatu – Fliparacatu, o Teatro Afonso Arinos recebeu os escritores Rafael Nolli e Leo Cunha, também curador da programação infantojuvenil do Festival. A proposta foi um bate-papo descontraído para crianças de até 10 anos, numa conversa permeada por poesia e contação de histórias.
O mineirês foi o tema que abriu a conversa, em especial o uso da palavra “trem”. O que é o trem? Para o mineiro, como sabemos, o trem pode ser tudo. Leo Cunha compartilhou um trecho de seu poema “Trem doido”, contando com a participação da criançada. “Palmas para vocês, vocês estão muito bem de poesia. (…) A poesia é muito isso, brincar com as palavras.” Na sequência, o escritor leu outro poema junto da plateia, numa brincadeira poética ao sabor das palavras. “Todo dia eu me atrapalho: Se existe dente de alho, alho tem olho também?”
Rafael Nolli, nascido em Araxá, iniciou a sua participação falando sobre os nomes das cidades de Paracatu e Araxá, ambos de origem indígena. “Paracatu significa ‘Rio bom’, já Araxá é ‘Lugar alto de onde primeiro se avista o sol’.” Na sequência, o escritor compartilhou algumas “Adivinhocas”, uma brincadeira poética em que as crianças devem descobrir sobre qual bicho são os versos lidos.
Leo e Rafael se intercalaram, realizando leituras de seus trabalhos, contando sempre com a participação das crianças presentes.
Mais contação de história e oficinas para crianças
Em paralelo, a programação infantojuvenil do Fliparacatu seguiu a pleno vapor em mais duas oficinas e uma contação de histórias. As Estações Literárias receberam a Oficina Tranças, para crianças a partir de 12 anos, e a Oficina “Transvê Poesias”, direcionada para crianças a partir de 10 anos, com Anderson Valfré.
A Estação Literária 1 também recebeu “A História de Dona Maria Pão de Queijo”, uma contação de histórias para crianças entre 7 e 10 anos, com Milena de Oliveira Melo. Os participantes puderam conhecer a história da Dona Maria Pão de Queijo, que criou 15 filhos sozinha fazendo pão de queijo e outras iguarias mineiras em Paracatu. Foi ela quem passou para frente a receita de pão de queijo que hoje é Patrimônio Imaterial do Município.
3.º Fliparacatu
Com uma programação diversa para todos os públicos, no 3.º Fliparacatu acontecem debates literários, lançamentos de livros, contação de histórias para as crianças, prêmio de redação, apresentações musicais, entre outros. O Festival homenageia os escritores Valter Hugo Mãe e Ana Maria Gonçalves e tem a curadoria de Bianca Santana, Jeferson Tenório e Sérgio Abranches.
O 3.º Fliparacatu é patrocinado pela Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e tem apoio da Caixa, da Prefeitura de Paracatu, da Academia de Letras do Noroeste de Minas e parceria de mídia do Amado Mundo.
Serviço:
3.º Festival Literário Internacional de Paracatu – Fliparacatu
De 27 a 31 de agosto, quarta-feira a domingo
Local: programação presencial no Centro Histórico de Paracatu e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @fliparacatu
Entrada gratuita
Informações para a imprensa:
imprensa@fliparacatu.com.br
Jozane Faleiro – 31 992046367