Conceição Evaristo e Afonso Borges na cerimônia de abertura do I Fliparacatu (Foto: Ranch Films)

Nesta quarta-feira (23/8), o primeiro Festival Literário Internacional de Paracatu tomou conta do Centro Histórico da cidade. O Festival homenageia a ancestralidade e incentiva a arte da literatura em um espaço livre para todos os públicos. Além dos diversos convidados autores, juristas e pesquisadores, o Fliparacatu conta com a participação honrosa de Conceição Evaristo e Mia Couto. O evento tem o paracatuense Afonso Arinos (1868-1916) como Patrono.

O primeiro dia de programação começou às 18h com o cortejo de Caretagem da comunidade quilombola dos Amaros, seguido pelo corte da fita no pórtico de entrada do Fliparacatu, na Rua Goiás. A cerimônia ocorreu na presença de todos os convidados da noite para iniciarem os trabalhos de forma conjunta.

Em um ato inédito, a sessão se iniciou com o Padre Hilton Rodrigues abençoando o Festival dentro da igreja Nossa Senhora do Rosário, adaptada para receber a abertura do Festival e todos seus convidados. As palestras abordaram a ancestralidade da cidade, a cultura da leitura e como ler é a base para a educação e quebra de preconceitos. Estavam presentes Afonso Borges, idealizador do evento, o prefeito de Paracatu, Igor Pereira do Santos, o subsecretário de Cultura de Minas Gerais, Igor Arci Gomes, a linguista e escritora Conceição Evaristo, o professor João Candido Portinari, os escritores e curadores do evento Tom Farias e Sérgio Abranches, a promotora de Justiça Mariana Duarte Leão e a primeira vereadora quilombola de Paracatu, Claudirene Rodrigues.

O filósofo e sociólogo Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, teve uma participação de forma virtual e comentou sobre a magnitude do evento “O Fliparacatu significa avanço”, pontua o diretor. “Afonso Arinos estava aqui em Paracatu, há 120 anos, e provavelmente sonhou com isso. Declaro aberta o Fliparacatu”, finalizou Afonso Borges, na cerimônia de abertura. O Festival é realizado graças ao patrocínio da Kinross, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, e com o apoio da Prefeitura Municipal de Paracatu, da Paróquia de Santo Antônio e do Projeto Portinari.

Leia o texto original aqui.